O técnico português reescreve sua história na Inglaterra…
Vítor Pereira, o alquimista lusitano que transformou caminhada sem brilho no Flamengo em epopeia nos gramados molhados da Inglaterra, ressurgiu das cinzas como uma fênix em chuteiras. No Wolverhampton, ele parece ter encontrado o fio da meada que tanto procurou no Ninho do Urubu. Enquanto no Rio sobraram cariocas tirando sarro, na terra da rainha, ele se tornou a estrela de um filme que seria classificado como ‘espetacular’ pelos críticos de plantão. Com uma performance digna de um mágico de circo, ele manobrou o time para fora do precipício da segunda divisão.
André, astro da Seleção Brasileira que não esconde seu entusiasmo por Vítor, só faltou dizer que o técnico português é como um Gandalf do futebol que chegou para salvar o condado. “Ele nos deu confiança”, disse André, sugerindo que Vítor possui uma varinha mágica ao invés de uma prancheta. Com 10 vitórias em 19 jogos, é claro que o time está comendo capacetes de lobo no café da manhã e voando pelos gramados ingleses como se fossem prenúncios dos dragões de Daenerys.
De volta ao Brasil, o Flamengo se vira na dança das cadeiras com Filipe Luís, enquanto se prepara para encarar o Corinthians. Muita coisa mudou desde os dias cinematográficos de Vítor no comando rubro-negro. O desafio agora é garantir que não haverá reprise de desastres dignos de ópera-bufa nos campos do Maracanã, onde até o Cristo Redentor fica apreensivo olhando de cima. Não é fácil ser flamenguista, mas é sempre uma aventura repleta de reviravoltas e emoção em cada esquina esportiva do Rio.