O técnico italiano que enfrentou a fúria do Galinho…
Imagine um italiano de bigode fino, estilo chefe de pizzaria, hipnotizado pelo Galinho de Quintino em pleno gramado. Pois é, Carlo Ancelotti, mais novo líder do exército canarinho, ainda treme nas bases ao recordar aquele dia meio antepasto, meio carnaval. “Zico marcou um gol no meu time, foi pior que derrubar uma pilha de lasanhas!”, confessou o técnico, com um ar quase tão desesperado quanto um torcedor que pede um pênalti aos 45 do segundo tempo.
Ancelotti ainda mantém um olhar de pasta grano duro, mas não esconde a admiração. Afinal, Zico não perdoa nem espaguete al dente. Nos idos do século passado, enquanto Carlo rabiscava a Piazza Navona, o brasileiro coloria a Udinese em preto e branco com seus gols de falta, seis só para aquecer! Agora, nada mais justo que o eterno camisa 10 da Gávea, mais influente que molho bolognese na Itália, deseje boa sorte ao novo técnico de verde-e-amarelo, que parece encarar essa missão como um dolce far niente.
E quem disse que Flamengo não é invasivo? Os rubro-negros se infiltraram na convocação de Carlo como ketchup em pizza. Além do quinteto carioca, algumas promessas foram convocadas para tapar buracos da canoa furada na qual Ancelotti embarca em direção à Copa do Mundo. Que venham os árduos desafios, começando pelo Equador, onde platôs e planícies esperam nossos craques em junho – como uma lasanha espera um forno quente.