Boto canta Pavarotti e exalta gênio da tática…

Se no teatro da vida cada um desempenha um papel, José Boto, diretor técnico do Flamengo, é uma espécie de tenor soprano dos elogios ao afirmar que Filipe Luís vai cantar de galo entre os maiores técnicos do planeta em dois anos. Esse simpático rabugento português foi até a Terra da Rainha e abriu a boca como se profetizasse o retorno do rei Arthur. Para Boto, embora Filipe Luís já seja um sucesso na arte de enfileirar canecos como a Copa do Brasil e a Supercopa, seu desejo de ser o Pelé dos estrategistas está chegando a um clímax digno de novela das oito.

Por vezes, Filipe Luís é visto como um Leonardo da Vinci do futebol: ele pega o pincel e taca-lhe a Mona Lisa da tática, sem que se mexa um fio de cabelo sem um propósito claro. Boto não economiza nas comparações, dizendo que o estilo do treinador é tão europeu quanto o frio da Sibéria. O ex-lateral rubro-negro acha que, com sua mente futebolística superdotada, logo estará na prateleira dos gigantes, ao lado de monstros sagrados da prancheta.

Porém, nobre leitor, Filipe volta ao campo neste domingo para um duelo digno de titãs. Frente ao imponente Bayern de Munique, ele tem a difícil missão de guiar o Flamengo em Miami até as quartas do Mundial de Clubes. A tropa rubro-negra joga às 17h no horário de Brasília. Será que Filipe vai sair desse embate com status de super-herói ou apenas um bigode camuflado de Clark Kent? Só o apito inicial é que vai dizer!