Quando Michael virou um Tango…

No carrossel cômico das contratações do Flamengo, onde uma negociação é mais imprevisível que um chute de Roberto Carlos, veio do outro lado do mundo o jovem irlandês Michael Johnston! Mas, para tristeza dos fãs de novelas mexicanas, a trama teve uma virada digna de professora de matemática em fim de semestre: a paralisação das conversas. Dizem os matemáticos que a equação envolvendo a pressão externa, o histórico físico e as exigências financeiras deu uma bugada que nem o melhor computador da NASA resolveria.

Os dirigentes flamenguistas, como quem tenta entender uma partitura de Beethoven enquanto assiste a um show do Molejo, decidiram fechar momentaneamente as portas da Gávea, deixando Michael no ”quase”. Nesse espetáculo digno do Cirque du Soleil, o board flamenguista ficou mais enrolado que papagaio em tempestade, especialmente considerando que os torcedores questionaram a sanidade do investimento. Michael, que já tinha malas prontas e samba no pé para se aventurar no Rio de Janeiro em plena segunda-feira, agora aguarda o tempo dos astros pra ver o desenrolar disso tudo.

Enquanto a negociação com o irlandês está emperrada como para-choque de Kombi, Flamengo, sem perder tempo, já mira um novo tango com Esequiel Barco, do Spartak Moscou. Alô, Hermanos! Esperamos que essa nova chance não seja um Titanic, porque o Mengão está com sede de gols e faminto por mais sucessos para delírio da nação rubro-negra, que não perde nunca a chance de sonhar com lances mais emocionantes que terceira linha de novela.