Zenit solta a âncora de ouro para levar o capitão!…

Imaginem só, caros leitores, a cena mais digna de um dramalhão mexicano: um jogador apaixonado por sua camisa resolve sair pelo mundão afora, deixando os flamenguistas com rostos mais chorosos que cebolas sendo cortadas! É, meus amigos, o jovem Gerson escapuliu como um sabão na mão! E como se fosse magia, o Zenit apareceu com um caminhão de notas, mais cheio que buzina de fusca em funeral, para levá-lo de jeito!

E não foi qualquer caminhão, foi um de 160 milhões de reais, envolto em laço vermelho e entregando tudo à vista, coisa mais rara que onça-pintada no deserto. E o Flamengo, parece, resolveu não insistir, porque, afinal, quem não gostaria de garantir uns bons trocados para um futuro churrasquinho no Maracanã? Sem mais lero-lero, eles embarcaram nessa filosofia de que se é para sair, que saia, mas não sem antes estipular uma multa camarada que fez todo mundo esfregar as mãos de alegria!

José Boto, nosso querido diretor com nome de mágico de contos de fadas, estava mais transparente que vidro recém-lavado. Expandindo sua escola de “não podemos nos apegar”, ele orientou sobre o báu do tesouro que vinha junto com a transferência de Gerson. Então, com lenços no bolso e o contracheque assinado, Gerson já está de malas prontas para a terra dos cossacos e do frio glaciar. Aposto que já praticou como jogar bola sobre a neve e como driblar ursos com sua perna esquerda mágica!