Quando 13 minutos não bastam!…

Quem diria, hein? O apito de Daronco, mais poderoso que um furacão em dia de feira, causou tanto alvoroço que nem Durante o Épico de Gilgamesh se viu tamanha comoção! No Maracanã, Flamengo e Bahia se engalfinharam em uma dança de 90 minutos gloriosos (talvez 85, dependendo se contar os cochilos no chão). Rogério Ceni, o ‘Napoleão dos técnicos’, sentiu que os treze minutos mágicos de acréscimo foram servidos em um copo furado, assim como quando pedimos refil e a máquina quebra! O técnico saiu em busca da coragem perdida de Daronco, algo mais raro que achar o Wally numa balada.

E o que dizer do VAR? Sempre chega como um parente distante em festa de família: aparece, pega a última coxinha e some sem deixar rastro. Lá estava Daronco, bandeirando a roleta do VAR igual um jurado de escola de samba, decidindo se o próximo passo é um sambinha ou uma expulsão dramática. No roteiro do jogo, a aparição do cartão vermelho para Gerson foi mais inesperada que plot twist de novela! Aliás, o ‘bate e rebate’ na área pareceu até um número do Cirque du Soleil, mas nada de pênalti para animar a plateia.

Enquanto isso, do outro lado do campo, Santiago ‘Robocop’ Mingo, solando mais que jogador de futebol de botão, ficou apenas com o amarelão. Rogério, desafiando Zeus e suas ordens celestiais, junta o livro das 16 derrotas e canta aquela velha frase: ‘Freguesia em dia, só no mercado’. Ah, Ceni, quem diria! Desafiando astros como Midas e Icarus, enquanto o Flamengo voa alto com os três pontos reluzentes, dando ao Urubu um lugar certo no panteão dos campeões.