Clubes querem justiça com sátira esportiva…
O teatro do futebol brasileiro ganha mais um ato hilário: os presidentes de Flamengo, Fluminense, Internacional e Fortaleza se uniram na metrópole do samba e da bossa nova para bradar “Não pagou, não jogou!”. No grande espetáculo das dívidas, esse quarteto quer soltar o freio de mão dos caloteiros e propor um ‘Fair Play’ tão raro quanto achar agulha no palheiro. Durante a conferência que parece mais título de novela mexicana, eles defenderam a polêmica ideóia de paralisar clubes em débito, entregar uns tapas figurativos e talvez uns cartões amarelos se a coisa ficar feia.
Imagine a cena: Bap, personagem digna de um filme de comédia, com uma das mãos voando como quem joga confete para o céu, quer que os times inadimplentes sejam punidos perdendo pontos como se fossem aqueles tipos que nunca passam de ano. É o festival “Pague para Jogar”, e os clubes SAFs, os novos ricos do pedaço, estariam na mira. O presidente do Fluminense, com a confiança de quem aposta em sorteios de continhas, propôs a lógica revolucionária: não pagou, fica de fora do campinho!
Enquanto isso, em um episódio de irônica zaga de ironias, Flamengo e Internacional, eternos rivais e agora quase amantes por um objetivo comum, brigam por pagamentos enquanto tentam ditar a moral do campeonato. Alessandro Barcellos, presidente do Inter, cantou como um poeta em ritmo de pagode: “Hoje eles, amanhã nós, passado de uns é o presente de outros!”. Quem diria que os destinos opostos do futebol se cruzariam nessa novela de R$ 1,99… Mais engraçado que qualquer futebol arte, só o futebol-ironia mesmo!