A saga do gladiador uruguaio e o técnico cuidadoso…

Em uma manobra mais ousada que um pirulito de sauna, o técnico Filipe Luís transformou-se no escudeiro protetor de Matías Viña, o gladiador uruguaio. Após a épica batalha contra o Fluminense, onde o Flamengo saiu vitorioso, Filipe Luís abriu o coração e o zíper do casaco em uma coletiva de imprensa, revelando por que Viña tem brilhado mais no banco do que em campo. Com uma seriedade que só um político prometendo a lua conseguiria, afirmou: “Meu trabalho é protegê-lo”.

A estratégia do estrategista Filipe foi audaciosa, assim como um pato tentando voar ao contrário. O jogão contra o Fluminense não viu Viña escalando a esquerda como uma montanha russa. Em vez disso, Léo Pereira se aventurou na lateral, enquanto Viña contemplava o show por um tempo razoavelmente civilizado. A pedra no sapato de Viña? Um certo joelho rebelde mais teimoso que gato em cima da geladeira. Dez meses fora dos campos e um retorno meticulosamente milimetrado, tipo fazer bolo sem ovo.

O Flamengo encara o Red Bull Bragantino, e Filipe Luís, quem sabe, permitirá que Viña brilhe um pouquinho mais em campo. É uma expectativa mais ansiosa do que bater palmas ao sol. Afinal, qualquer segundo além dos 15 minutos em campo poderá ser a estreia de um retorno cinematográfico, com tapete vermelho e tudo. Em Bragança Paulista, os torcedores mal podem esperar para ver as façanhas de Filipe, o protetor, e Viña, o viking dos gramados.