Mengão se indigna e quer pauta seríssima!…

Em um grande ensaio de samba-enredo jurídico, o Mengão queridinho caiu na avenida clamando por mais solidez no fair play financeiro do futebol brasileiro. Com a mesma seriedade de quem fiscaliza o troco na padaria, o grandalhão rubro-negro bateu forte na CBF. “Ora pois, como vão poder discutir o cheque especial boleiro sem o rei da alcateia?!”, bradou o presidente, torcendo o nariz como se tivesse tropeçado no quarto zagueiro na hora do gol.

Na malhação de Judas da semana, o Flamengo chacoalhou o andor com todo o desempenho de uma escola de samba irada. O intrépido BAP, presidente do clube, tomou o microfone e mandou ver como um comentarista de mesa-redonda: “O CNRD é mais lento que fila de banco no último dia útil do mês! Precisamos resolver este bololô pendente; estamos até mais inquietos que criança travessa numa aula de matemática!” E foi assim que o Mengão, achando-se o bastião do futebol razoavelmente organizado, resolveu fazer seu debut no Carnaval judicial do fair play.

Nos altos Alpes da bola, a turbina da CBF assoprou o novo projeto inspirado nas finanças do além-mar europeu. Escorregando no sabonete da gestão esportiva, prometeu burocracia ágil, transparente e cheirosa. Quem viver, verá! E enquanto a banda passa, o Flamengo prepara sua alegoria para mostrar à CBF que a comissão de clubes também pode soltar fogos e tocar reco-reco nessa folia administrativa. Afinal, o sonho do fair play financeiro ninguém tasca!