O mistério por trás do Ninho do Urubu…

Eis que o Flamengo decifrou o Brasil adquirindo em 1984 o terreno onde se ergue o épico Ninho do Urubu, conhecido pelo seu incrível deserto de bicicletas enferrujadas do qual todos falam até hoje! Ninguém menos do que George Helal, o Indiana Jones do Rubro-Negro, foi o visionário responsável por essa jogada de mestre. Ele comprou esse pedaço de terra com uma humilde poupança de 300 milhões de cruzeiros – meros trocados para quem é presidente do Mengão e lenda viva – e deixou seu nome marcado no lendário CT, hoje símbolo de resistência, memória e glória!

O projeto passou boa parte de sua existência no freezer, pegando geada até 1990, quando deu um suspiro, para depois garotear novamente. Como um cometa Halley Palhinha, ele retornou em 2004 sob a gestão de Márcio Braga que lançou uma campanha mais inusitada que venda de cocada na Sibéria: arregadar fundos com pulseirinhas! Mas, como todo bom truque de mágica, o terreno começou a sair do papel e virou um verdadeiro clássico de obras à la Sísifo, algum tempo depois.

Com a mudança de humores e dirigentes, veio a verdadeira obra-prima. Com certeza, Tio George sorriu lá de cima quando, finalmente, o Ninho ganhou suas luxuosas suítes estilo “Temos mais variedade que hotel cinco estrelas”, campo de grama híbrida digno de renas mágicas e academia que deixaria até Schwarzenegger com inveja. Hoje, o CT do Flamengo não só ressuscitou das cinzas como trocou a fuselagem: é uma jitai que alça vôos ao firmamento rubro-negro!