Quando a tecnologia vira trilha sonora de rádio novela…
Em um jogo que poderia muito bem ter sido patrocinado por novelas mexicanas e batido recorde de audiência na Sessão da Tarde, Ramon Abatti Abel quase transformou o clássico entre Flamengo e Palmeiras em um episódio do Chapolin Colorado no Allianz Parque. Em meio à tensa discussão entre Abel e o VAR, parecia que estávamos ouvindo um áudio de WhatsApp em grupo de família com as notificações travadas no volume máximo! Cada um falava uma coisa, mas o nosso protagonista juizão seguiu firme no seu monólogo de juiz solitário, inventando novas regras de geometria para determinar o destino do que aconteceu dentro ou fora da área!
O VAR, coitado, tentou explicar alinhamentos, medidas e até levantou um pé sobre a linha para ajudar o pobre juiz. Mas, no meio dessa bagunça, o árbitro achou que a primeira posição em dança do ventre era o suficiente para determinar que o jogador estava “bem dentro”. A CBF até pensou em lançar uma campanha para arrecadar óculos e fichários de raciocínio lógico para todos os árbitros, incentivando novas formas de delimitar espaços além da linha do horizonte e com cores vibrantes para melhor visibilidade dos lances, tamanho foi o embrólio.
Apesar das trapalhadas e diagramas perdidos, o Flamengo saiu vitorioso, deixando o Allianz Parque com um 2 a 0 reluzente na bagagem! Para o Palmeiras, o jogo virou um filme de ação daqueles que até atirador de elite erra a bala, mas quem levou a melhor foi o Mais Querido, garantindo que o próximo show com drama garantido fica por conta do seu duelo na Libertadores. E no capítulo seguinte, a torcida do Flamengo já prepara o verbo para gritar horrores no próximo episódio exibido no Maracanã, com transmissão via YouTube e com comentários de todos os ângulos possíveis!