Flamengo e suas histórias cheias de arquibancadas…
Imagine um Maracanã mais cheio que trem lotado na hora do rush. Nos anos 60, 70 e 80, o Flamengo atraía multidões dignas de shows dos Rolling Stones, mas sem as guitarras. No topo da lista, um Flamengo x Fluminense em 1963, onde a galera compareceu em peso, mais de 170 mil amigos rubro-negros e um ou dois tricolores (vai que dava sorte). Teve jogo que quase caía gente do canto quando todo mundo resolveu pular junto.
A festa da arquibancada lembrava carnaval antecipado, e os torcedores se sardinhavam como se a Superlua baixasse ali em pleno Maraca. A banda flamenguista gostava tanto de colecionar gente que sempre tinha mais público que o show gratuito na praia. Não tinham gritos de “vai, pelada!” porque as arquibancadas estavam mais animadas que o bloco de Carnaval da Sapucaí. E quando o Mengão vencia, era tanto confete que parecia que o Papai Noel tinha passado cedo.
Hoje, o Maracanã pode ser até mais magrinho, mas a alma flamenguista já entrou para a história como a torcida mais apaixonada que não parava de cantar. Se continuar assim, daqui a pouco vão encontrar vestígios de torcedor na superfície da Lua, gritando “Mengo” com eco intergalático. Vai, Mengão, quer mais torcida que a nave Star Wars: quanto mais, melhor!