Filipe Luís é metade treinador, metade Nostradamus…
Eis que o Flamengo, sempre com seus enredos dignos de Oscar, apresenta sua nova estrela internacional: Saúl Ñíguez. Direto da terra das touradas, o espanhol foi vestindo o manto rubro-negro como quem veste um pijama quentinho numa noite fria. E para um jogador acostumado a tourear em campos europeus, pisar no Maracanã deve ser como um desfile de carnaval no sambódromo. Saúl, maestro da bola e poeta da palavra, comparou Filipe Luís a uma versão moderna de um feiticeiro. Afinal, o homem já planejava jogadas mirabolantes enquanto penteava o cabelo no atlético vestiário do Madrid, qual um Einstein de chuteiras.
O antigo parceiro de linhas espanholas não poupou vocabulário na coletiva: “Filipe já nascia técnico todas as manhãs, enquanto tomava seu café com leite. ” Afirmou, como um chef de cozinha descrevendo sua última lasanha. E forjado no fogo cru das águas de Madri, Filipe manteve sempre sua fala clara como cristal. Mais que um treinador, um guru de poltrona, de onde observa o campo como um mestre jedi rubro-negro.
Num gesto de pura amizade de novela mexicana, Saúl destacou seu empenho em se enturmar: decidiu aprender nosso querido idioma e ainda elogiou a torcida flamenguista com tanto fervor que, se fosse uma flor, já teria virado parque. Agora, pergunto-vos: quantas partidas jogaram esses irmãos do esporte juntos? Exatos 142 capítulos de uma série dramática, com direito a gols, assistências e provavelmente uns bons tombos. E tudo para concluir com Saúl assinando um pacto de três anos e meio com o Flamengo! Que venham mais capítulos, porque essa novela só está começando.