Quando a paciência vira fumaça…
Imagine um zagueiro com a expressão de quem viu o VAR desmarcar um gol aos 45 do segundo tempo. Assim estava Léo Ortiz, do Flamengo, após o empate contra o Ceará. Pedro Raul, o atacante cearense que faz malabares com gols, revelou que o amigo de infância parecia um dragão soltando fumaça pelas narinas. A amizade entre os dois é mais velha que chinelo de vó, mas nem a camaradagem impediu Ortiz de sair do gramado se remoendo mais que feijão no fogo. “Léo estava p…”, disse Pedro Raul, como se Gustavo Kuerten tivesse perdido uma raquete na areia.
Sabe aquele jogo onde a gente une drama shakespeariano com show de fogos? Pois é! O Flamengo foi pras cabeças, querendo liderar o Brasileirão com mais folga que goleiro numa pelada. Arrascaeta brilhou como um farol na Tempestade do Deserto, ao abrir o placar, mas na segunda etapa o Ceará apareceu com a disposição de quem ralou beterraba para salada. Lucas Mugni cruzou uma bola tão redondinha que caberia no comercial de iogurte. Pedro Raul, com a sutileza de quem encontrou uma nota de cem reais na rua, empatou o jogo, deixando toda a torcida embaladinha para ressonar.
Depois do empate, o Flamengo ainda reina na tabela, com o Cruzeiro babando feito cachorro abandonado na chuva. O Mengo está com o calendário cheio, jogando mais que criança no recreio, e agora encara o Atlético-MG numa missão estilo ‘Missão Impossível’. É gol que o povo quer e gol que o povo terá que esperar, com Léo Ortiz possivelmente mencionando em sua biografia: ‘O dia em que o empate virou piada.’