Excluído com Fila Preferencial…

No universo paralelo da bola redonda, onde até os jogadores fazem fila no refeitório do Ninho do Urubu, Zé Welinton atingiu o mais alto grau do afastamento: o isolamento em grande estilo. Sim, meus caros leitores, ele agora treina como uma entidade assombrada que recebe todos os dias o honroso título de “Treinador Solitário Oficial”. É como ser o astronauta da NASA, só que sem foguete—afinal, ele faz suas flexões solitárias com a música “Princípios de um campeão” tocando de fundo, só para dar aquele clima de Hollywood.

Quem diria! O anti-herói da vez ainda compõe uma ópera em que Filipe Luís, regente desta orquestra, afasta protagonistas. A dinâmica é tão ao contrário que até a água do bebedouro parece ser servida na contra-mão. Zé Welinton divide este privilégio com outros da liga do banquinho dourado: Pablo no banco de criogenia, Carlinhos agora um Léo da Serra baiano, e Caio Garcia, o aventureiro perdido nos campos do Botafogo-PB. Essa lista é a prova viva que a marcação do destino é zonal, mas a deles foi homem a homem.

Enquanto isso, o Flamengo, inclusive sem nosso astro solitário, ajusta suas chuteiras espaciais visando o Mundial de Clubes. O Mengão já prepara suas swipe parties para correr contra galáticos do tipo Chelsea e fazer valer o investimento além de tunas tunisianas. Vai voar mais alto que foguete em clima de carnaval na Filadélfia! Se o Zé não for, talvez apareça como holograma – no peito, um coração rubro-negro cheio de sonhos.